Sentado no banco de jardim
De olhar triste e sombrio
Semblante magoado
Em quietude ignorado
Pela vastidão dos rostos
Que seguem na multidão.
Embebido em silêncio
Por um corpo repousado
Cansado do cansaço
Entre o vazio acumulado
De andar de banco em banco
Sozinho e arrastado.
Aprendeu a moldar os gestos
Para não ferir quem o possa ver
Gasta as horas que cobrem os dias
No aconchego da memória
Refúgio onde correm as lágrimas
E o levam à nascente da sua história.
Prende-se à corrente dos outros
Acrescenta-se com tudo o que vê
Alimenta-se com o viver da gente
Dá um jeito às dores que sente
Deixa-se ir com o pensamento
Até chegar o seu momento.
Um poema excelente, um retrato de muita da solidão que se vive.
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Em muitos casos é de facto uma triste realidade.
Obrigada pela presença. Desejo-lhe um bom dia.
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snif, que triste, mas gostei do seu post.Estamos te seguindo. Se puder retribuir ; ) https://garotadramablog.wordpress.com
Nosso blog é sobre comportamento, novidades e viagens. Tem vaaarios posts lá.
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Obrigada pela visita, é um gosto recebe-los no meu blog!
Este post retrata a tristeza e a solidão que muitas vezes encontramos na vida.
Será com prazer que irei visitar o vosso blog. Até já!
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Que linda poesia Fernanda! Ótima reflexão sobre a vida, do tempo que foi do que viveu e passou, do tempo que é do que há para fazer, do pouco tempo que se tem para o que virá.
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Obrigada! Fico feliz se lhe agradou, embora não seja fácil retratar e conviver os problemas que encontramos na nossa sociedade.
Desejo-lhe a continuação de um bom dia.
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A solidão que cada um carrega dentro de seu próprio silêncio costuma passar despercebida… olhares serenos por vezes ocultam sombrias desesperanças…
Tua poesia encanta.
Abraço!
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Obrigada! Fico feliz em saber que gosta do que escrevo. Pois também me surpreende com os seus comentários, são um acréscimo perfeito aos meus poemas. Desejo-lhe uma boa noite.
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Ótimo texto Fernanda. A suavidade das palavras, embala o risco e o desejo de temperar uma visão extraordinária do estar em cima de um mutirão de escolhas, mas o corpo atordoado pelo peso, discorre a ideia de que algo ainda exista.
Passarei mais vezes por aqui! 😉
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Obrigada e seja bem vinda! Adorei o seu comentário…Desejo-lhe um ótimo dia.
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Há uma solidão e silêncio primordial que estão na base de nossa experiência de consciência, é ali que haverá uma verdadeira abertura para o Outro. Que possa a solidão ser fecunda e permitir o encontro com o outro, e não mais com “ninguém” que compõem a multidão.
Sua poesia deu voz à tristeza de meu peito!
Seu canto embalou certa amargura e certo anseio…
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O retrato do olhar por vezes sente a realidade de uma forma crua.
Nem sempre temos vivencia suficiente para o descrever… contudo gosto e expor os meus sentidos.
Obrigada pelo seu comentário.
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