Era uma vez
Entre tantas outras vezes
Em que abro a cortina
Para destapar o olhar
Mal dormido,
Colapsado pelo tempo
De madrugadas ensonadas
Sendo a noite pelo dia arrancada
É hora de entrar na caminhada
Pedaço por pedaço,
Em gestos que se repetem
Para sermos seres iguais
Com movimentos postiços
Para não deixar cair a perfeição
O topo íngreme da ambição
Por onde muitas vezes
O corpo se deixa levar
Entre tantas outras vezes
Segue mudo nesse deslumbrar
Vivendo uma vida contada
Sem nada para contar…
Você me trouxe Fernando Pessoa. Não somos iguais, agimos, no entanto, enquanto humanidade, rigorosamente iguais. Muito o que pensar em tua sempre sensível poesia. Meu abraço, Fernanda.
GostarLiked by 1 person
Há dias em que me inquieta está inquietação do certo, de seguir o que todos seguem, de sermos livres dentro de uma restrita liberdade.
Tenho dias assim… obrigada, Fernando por me ouvir e por entender as minhas palavras.
Manifesto a minha gratidão num forte abraço.
GostarLiked by 1 person
Este seu poema, talvez seja, o mais reflexivo que já li de suas produções.
GostarLiked by 1 person
As palavras são o espelhar de um momento…o reflexo do coração.
Desejo -lhe uma noite tranquila, Estevam.
GostarLiked by 1 person
🙏😇🌹
GostarGostar
Sendo humanos, temos tanto de igual como temos de diferente. Apenas temos que ser nós e estar de acordo com o nosso sentir e consciência. Mesmo que isso nos faça sair da média e levar a algum isolamento…
As “encruzilhadas” são sempre o melhor lugar para encontrar o caminho certo!
Boa semana, Fernanda!🌼
GostarLiked by 1 person
Concordo consigo, Dulce.
Por vezes o difícil é manter o equilíbrio entre a semelhança e a diferença.
Tento seguir as minhas encruzilhadas!
Grata pelas suas palavras.
Uma boa noite 💙
GostarLiked by 1 person