Perfumei o corpo
De tanto olhar para as flores
E de respirar a terra
Que as faz crescer.
Tapei todas as frestas da minha pele
Para a fragrância não desaparecer
E dentro de mim permanecer.
Perfumei o corpo
De tanto olhar para as flores
E de respirar a terra
Que as faz crescer.
Tapei todas as frestas da minha pele
Para a fragrância não desaparecer
E dentro de mim permanecer.
Não sei se é tempo de partir ou de chegar
Simplesmente acompanho o horizonte
Seguindo os dias
E hoje subo ao alto da montanha
Na tentativa de arrumar os pensamentos
Disfarçadamente o corpo torna-se leve
E a mente parece uma sombra pintada pelo sol
Crio a ilusão do silêncio ser a única porta
Por onde o corpo possa voltar.
Sentimos o desfilar
De mês a mês a vida encantar
E nesta viagem, junho acaba de chegar
De janela aberta
Para desabrochar os sentidos
E receber o verão que não tarda a entrar.
Junho transporta o poeta e a poesia
Que dá nome ao dia de Portugal
Pelas ruas encontramos a alegria
Dos arraiais e festas populares
O saber manter a tradição
A sardinhada, o vinho e o pão.
Abraço junho de modo especial
Dá vida aos anos de vida da minha mãe
À tranquilidade de mais um aniversário passar
E ter como presente a família a festejar.