Desabaram as palavras que habitavam em mim
Uma a uma foi caindo pelo chão
O meu coração ficou vazio
Reinício,
Encontro-me em construção.
Desabaram as palavras que habitavam em mim
Uma a uma foi caindo pelo chão
O meu coração ficou vazio
Reinício,
Encontro-me em construção.
Nem sempre me acompanho
Por vezes o caminho excede o tamanho
Sinto que o tempo me leva e não me traz
Alimento os sonhos sem saber se sou capaz.
Sentido é o olhar que abre a minha alvorada
Silêncio é companheiro na minha jornada
Não temo não ter a certeza de nada
Mas quero ser eu e não viver disfarçada.
E se hoje me sinto desencontrada
Não tarda virá a madrugada
Amanhã estarei de cara lavada…
Dou a mão ao amanhecer
Abro a porta para o sol entrar
Arrumo o corpo para bem parecer
Sigo caminho com a felicidade no olhar.
Levo comigo os poemas acabados de acordar
Ajeito as palavras para não as perder
O dia cresce sereno com vontade de se dar
E a poesia solta-se para quem a quiser ler.
É com o olhar que se aprende a ler
A doçura do sorriso
A candura das palavras
É com o olhar que se aprende a ver
A luz que norteia o caminho
O silêncio que conduz o tempo
É com a vista posta no teu olhar
Que derramo os segredos
Que com o tempo fui colhendo.