Julgava ser o dia que entardecia
Mas não,
É o meu olhar que se fecha
E deixa que a sombra se aninhe no corpo
Que de cansado esmorece
Sem entender que o dia não se ausenta
Mas sim,
Se reinventa!
Julgava ser o dia que entardecia
Mas não,
É o meu olhar que se fecha
E deixa que a sombra se aninhe no corpo
Que de cansado esmorece
Sem entender que o dia não se ausenta
Mas sim,
Se reinventa!
Será a madrugada a inocência das noites
Ou o ventre onde habita a paixão
E alimenta o pernoitar dos desejos
Que se desnudam
Na luz clandestina
Onde o amor se prende à vida
E os corpos se libertam
Até o dia voltar a nascer.
Será a madrugada
Ou o amor simplesmente a acontecer?
Movido pela liberdade
O amanhecer rodopiou
Depressa o sol despertou
E mapeou todos os sentidos
Como se fosse um guardião do dia,
Iluminou todas as sombras
E deu voz aos olhares que se abrem
Às conversas dos pássaros
À dança das flores
Ao acenar das palavras
Ao desfolhar de pensamentos
Ao voar e pousar,
Às escolhas de cada caminhar
No dia a dia de cada acordar…