Não finto o olhar
Vou para onde ele me levar
Tamanho é o horizonte
Que já não me cabe no peito
Transbordam os sonhos
É nas nuvens que me deleito.
A vida move-se
Entre o escorrer do tempo
Dos dias a amadurecer
E das noites acordadas
Acorrentadas à insónia
Ao desejo de serem amadas.
Tomara eu ter asas
Para alimentar as madrugadas
Cobrir de beijos as orvalhadas
Travar a distância dos corpos
Ser sol e por vezes lua
Num sopro de vento ser tua.